ES-005 :Produtos Estruturados: Modelo Vanilla & Modelo Barreira (VAN & BAR) Básico
Estamos combinando dois modelos de derivativos distintos, utilizando pelo menos um derivativo de primeira geração, as opções Vanilla (VAN), em conjunto com no mínimo um derivativo de segunda geração, as opções com barreira (BAR). Assim, estamos unindo 4 vetores Vanilla com 32 vetores de barreira, resultando em um grande número de combinações lineares.
Para manter o foco, vamos listar apenas os produtos estruturados negociados nos mercados atualmente e, quando aplicável, em outros setores. Vamos separar os produtos de acordo com a soma das pontas: 2P para dois vetores, 3P para três vetores e 4P para quatro vetores que são somados. Como complemento, podemos incluir a posição comprada no ativo subjacente, uma posição vendida e aplicar o caixa a uma taxa pré-fixada.
O objetivo deste treinamento é explicar o cenário delineado pelo analista em relação às expectativas de comportamento dos ativos. Vamos definir a direção e magnitude do movimento, juntamente com as curvas de mercado que determinarão em qual setor o ativo se enquadra e, por último, o resultado do produto com base no movimento do ativo subjacente e na passagem do tempo. Além disso, vamos explicar a lógica do produto e sua finalidade, culminando em um discurso comercial de venda.
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🔵 Duas Pontas
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📽 Covered Call / Compra CUO 54 min
Nesta aula, vamos demonstrar como podemos, em uma aposta direcional gerada pela Call Vanilla, obter um ganho dobrado comprando uma CUO. Na somatória, temos um ganho dobrado até o nível da barreira e um ganho ilimitado pela Vanilla. O grande problema desta estratégia está no fato de os forward points no Brasil serem muito altos. Além disso, temos a dicotomia de a Call ser uma compra de volatilidade e a CUO uma venda, portanto, não conseguimos otimizar matematicamente nenhum desses vetores. Nos Estados Unidos ou em países com forward points baixos, este produto se torna viável e atrativo se conseguirmos encaixar o nível da barreira. Nesta aula, vamos entender como fazer este produto realizando este encaixe.
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📽 Covered Call / Compra CUO Deep 38 min
Esta estrutura é bem inteligente, pois equilibra a alta da Call Vanilla e, em uma neutralidade ou pequena queda, a CUO deep tende a compensar a perda de valor da Call, estendendo a zona de resultado. Apesar de o forward point atrapalhar o custo da Call Vanilla, é possível usar esse fator para baratear a CUO, pois ela é muito afetada pelo forward point e seu custo é muito alto. Apenas a probabilidade de bater na barreira pode barateá-la. A volatilidade implícita alta ajuda a CUO e prejudica a Vanilla, portanto, temos que tentar neutralizar ou otimizar o cenário do ativo, se possível. Nesta aula, vamos entender esse comportamento e tentar otimizar o produto.
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📽 Covered Call Ratio/ Long PDO 1 h 6 min
Nesta estrutura, vamos vender uma call fora do dinheiro, mas em um lote maior, criando uma alavancagem. Isso gera uma zona de prejuízo no limite, mas, em contrapartida, levantamos mais caixa. A PDO consiste em uma put que existe, mas se o ativo cair muito, perdemos o vetor. Como estamos comprados no ativo, temos uma proteção parcial que pode desaparecer no limite, portanto, é um hedge bem fraco, pois quanto mais for necessário, menos proteção teremos. Esta estrutura é uma venda de volatilidade com um grande carrego pelo tempo, além de uma grande chance de distrato antecipado. Se bem estruturada com o alinhamento de um bom analista que entende a dinâmica do ativo, temos um produto sólido para determinadas regiões, com limites de proteção parcial e ganho na alta significativos. Nos limites, estamos desprotegidos, sendo este o lado negativo.
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📽 Short Digital Put / Long Call 44 min
Nesta aula, vamos vender uma digital de put para que, com o prêmio, financie a compra de uma call. Esta estrutura é muito negociada em países com forward points baixos, pois aumenta a chance de bater na digital, aumentando o prêmio que estamos levantando e, ao mesmo tempo, barateando a call, sendo este o vetor de mercado que gera assimetria positiva em ambos os vetores ao mesmo tempo. A volatilidade acaba por ter seu efeito, posto que na alta favorece a digital e prejudica a put. Nesta estrutura, queremos participar na alta e destacar uma queda relativamente alta. Nesta aula, vamos aprender a estruturar e contratar este produto.
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📽 Short Digital Call / Long Put 47 min
Nesta aula, apresentaremos uma estrutura interessante onde compramos uma Put Vanilla, gastando um prêmio para obter uma aderência na queda ilimitada do ativo. Isso significa que estamos apostando em uma queda e não acreditamos em uma alta. Para complementar essa estratégia, venderemos uma Call Digital, onde, se o ativo não subir até um determinado nível, não teremos que pagar um alto rebate. Por causa dessa região de prejuízo introduzida como um cenário negativo, receberemos um prêmio que servirá para compensar o custo da put. Portanto, estamos anulando esse custo, que só existirá em uma magnitude maior em um cenário de alta moderada, o qual inicialmente descartamos. Os FWD Points altos aumentam a probabilidade de exercício da Call Digital, encarecendo o prêmio que levantamos e, ao mesmo tempo, diminuindo o preço da put. Este é um vetor de mercado que, quando elevado, favorece ambos os componentes do produto, tornando-o mais atrativo. A volatilidade, por outro lado, não tem esse mesmo efeito, pois dependendo do lado favorecido, pode beneficiar um vetor em detrimento do outro. Nesta aula, vamos entender como estruturar o produto junto com a análise do cenário pelo analista.
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📽 Short Put / Long CUO 42 min
Nesta aula, vamos apresentar um collar que combina um vetor Vanilla com uma barreira. O conceito é vender uma Put e comprar uma Call Up-and-Out (CUO). Sob a ótica dos FWD Points, quando estes forem baixos, a Put será favorecida, ficando mais cara e, ao vendê-la, levantamos mais prêmio. No caso da CUO, se a barreira tiver baixa probabilidade de exercício, o derivativo se aproximará mais de uma Vanilla; no entanto, se o componente barreira estiver mais ativo, o efeito será o oposto, desfavorecendo o vetor de mercado. Portanto, definir o nível da barreira é o grande segredo deste produto, e essa dificuldade aumenta quando precisamos adaptar a visão do analista sobre a expectativa de valorização do ativo. A volatilidade beneficia ambos os vetores, pois quanto mais alta a volatilidade, mais caro será o prêmio da Put que estamos vendendo e mais barata será a CUO que estamos comprando. Em resumo, se bem estruturado, teremos uma excelente assimetria de risco-retorno. Portanto, convidamos os alunos a entender como analisar e implementar esse produto no dia a dia.
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📽 POP + CUO 42 min
Nesta aula, vamos apresentar um produto inteligente que pode ser adaptado para clientes que buscam alternativas semelhantes à renda fixa. No modelo tradicional da POP, compramos o ativo, compramos uma Put com strike de 100%, e vendemos uma Call com strike de 100%, mas com um lote menor. Assim, utilizamos os FWD Points para diminuir o lote da Call, tornando o custo da estrutura zero em termos financeiros dos derivativos, com um upside equivalente à diminuição do lote vendido. Portanto, aumentamos o lote vendido da Call para aumentar o prêmio, na magnitude necessária para comprar uma CUO. Dessa forma, estamos investindo recursos em um derivativo de barreira que possibilita aumentar a aderência na alta, em detrimento de uma exposição maior de valor nominal. Na análise dos dados de mercado, quanto maior os FWD Points, mais barata fica a CUO, aumentando o prêmio implícito dentro da POP e, consequentemente, o prêmio disponível para gastar. Com maior volatilidade, haverá um impacto significativo na CUO, tornando o prêmio mais barato, assim necessitando de menos recursos. Já a POP será afetada negativamente, mas com um impacto pequeno no produto. Portanto, o segredo está em definir corretamente o nível da barreira, e vamos demonstrar como interpretar e utilizar este produto nesta aula.
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📽 POP + PDO 51 min
Nesta aula, estamos comprando o ativo junto com uma put strike 100% e vendendo uma call strike 100%. Se os volumes forem iguais, temos um box de três pernas, mas vamos reduzir o volume na venda da call no montante que financia a put e a compra da PDO. Portanto, temos uma pequena participação na alta, sem limitações, e uma participação limitada na queda. No evento da barreira, perdemos este vetor. Assim, temos um produto que permite ganhar em ambos os lados com capital protegido.
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📽 Booster KI Básica 1 h 15 min
O investidor que possui confiança em um aumento controlado no valor do ativo, enquanto exclui variações excessivas em ambas as direções, pode optar pelo Booster KI. Nesse cenário, se a situação ocorrer conforme o previsto, haverá um lucro dobrado. No entanto, essa estratégia envolve a troca da venda da opção de compra (CALL) Vanilla pela utilização da chamada estrutura CUI, com o objetivo de aprimorar a exposição às oportunidades de crescimento. Isso resulta em um potencial de ganho dobrado quando a alta se concretiza dentro da faixa esperada.
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📽 Collar KI 1 h 10 min
O Collar é uma estrutura de capital protegido que concorre diretamente com produtos de renda fixa pré-fixada, oferecendo retornos significativos sem incorrer no risco de crédito. Ao substituir a call vendida por uma CUI em ativos com volatilidade acima de 20%, é possível elevar significativamente a região de ganho potencial na alta. No entanto, caso a barreira seja atingida, o retorno potencial será menor do que o de seu primo Vanilla.
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📽 POP KI 1 h 16 min
Na POP KI, estamos montando um box de três pontas com os strikes Vanilla sobre o 100%, onde levantamos o prêmio equivalente ao valor presente do CDI menos os custos de transação e spread do mercado. Portanto, vamos trocar a Call Vanilla por uma CUI. Assim, não estamos vendidos na call se o ativo não atingir o nível da barreira. Dessa forma, temos um capital protegido com aderência na alta mais agressiva.
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🔵 Três Pontas
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📽 Covered Call / 2x CUO 53 min
Nesta estrutura, estamos fazendo um financiamento Vanilla e, com o prêmio, comprando duas CUO. Portanto, estamos criando uma região de ganho de 3x, e à medida que vamos atingindo as barreiras, perdemos parte do ganho alavancado na alta. A volatilidade alta, assim como os forward points, torna a Call Vanilla mais cara e a CUO mais barata. Portanto, temos um cenário onde o produto é muito otimizado e, portanto, se torna muito eficiente. Contudo, temos que entender como redistribuir a rentabilidade acima do nível da barreira e, portanto, precisamos compreender o movimento preciso que o ativo pode percorrer durante o prazo do produto. Na queda, estamos comprados no ativo objeto e, portanto, o risco está controlado, pois já imobilizamos o dinheiro e a chamada de margem da venda da call estará coberta.
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📽 Venda Digital Put / Long CallSpread 48 min
Esta estrutura é muito comum no mercado americano, inclusive em notas estruturadas (COE). Os forward points baixos tornam a digital da put mais cara e o Call Spread que estamos comprando também. A volatilidade alta deixa a digital mais cara e o put spread também. Portanto, os fatores de mercado estão antagônicos. A estratégia, portanto, é que o ativo não vá até o nível da barreira da digital e, assim, não teremos a Put vendida. Portanto, não temos o cenário de prejuízo ativo, apenas o Call Spread, sendo esta a região de ganho.
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📽 Venda Put / CallSpread CUO 28 min
Estamos vendendo a Put Vanilla e comprando um Call Spread de CUO, sendo esta uma estratégia de alta onde não apostamos em uma alta extrema. Quanto mais alta a volatilidade, melhor será o produto, pois a Put ficará mais cara e o Call Spread de CUO mais barato, já que aumenta a chance de atingir a barreira. Portanto, este vetor ajuda muito o produto, gerando uma assimetria positiva. O grande segredo desta operação é acertar a alta na magnitude correta. Uma alta moderada garante o ganho máximo e ainda temos uma margem de segurança. Mas, se essa margem for ultrapassada, perdemos todo o ganho, restando apenas a região vendida na put, que é uma Vanilla e nunca desaparecerá do cenário.
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📽 Booster Vanilla/Long CUO 47 min
Nesta estrutura, estamos criando um Booster normal, mas adicionando uma "pimentinha" ao produto, comprando uma CUO, o que gera uma região de ganho triplicado. No evento de atingir a barreira, ficamos com o produto Vanilla. Portanto, abrimos mão da magnitude do upside para gerar uma alavancagem adicional no produto.
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📽 Booster Vanilla Ratio/ Longo CUO 46 min
A Booster ratio Vanilla gera uma região de prejuízo adicional na alta, mas como o prêmio na venda será triplicado, podemos afastar ainda mais a região de ganho dobrado. Quanto maior a volatilidade, maior a possibilidade de afastar os níveis do strike e, portanto, podemos adicionar uma CUO, que neste cenário será muito barata. Assim, teremos uma região de ganho triplicado que será reduzida ao ganho dobrado no evento da barreira. Portanto, acreditamos em uma alta limitada e descartamos extremos em ambas as direções, pois temos prejuízo ilimitado nas caudas.
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📽 Collar Vanilla + CUO 34 min
Este produto é muito interessante, pois quanto maior os forward points (FWDPOITS), melhor será o collar e mais barata será a CUO, e no Brasil temos esse fator ativo. Combinando isso com uma volatilidade alta, melhoramos marginalmente o collar Vanilla, mas otimizamos bastante o prêmio da CUO. Portanto, estamos introduzindo um derivativo de baixo custo, o que possibilita um ganho dobrado na alta. No entanto, estamos com o nível da barreira mais baixo do que o habitual e, portanto, precisamos acertar o cenário de valorização moderada com eficiência, pois perdemos a alavancagem gerada pelo vetor de barreira facilmente.
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📽 Fence KI ou PutSpread Collar KI 43 min
Este é um produto que vende volatilidade e se beneficia de um FWDPOITS alto, o que é padrão no Brasil. Portanto, ao trocar a Call vendida por uma CUI, estamos abrindo mão de um prêmio baixo e aumentando a participação na alta. Ao mesmo tempo, se o cenário extremo de valorização se concretizar, teremos um financiamento, já que a CUI se transformará em uma Vanilla com strike mais baixo, limitando a alta em relação ao seu prêmio Vanilla. Portanto, temos a dicotomia de uma margem de ganho muito mais elevada e, na pior das hipóteses, perder pouco do ganho potencial, sendo esta uma troca fácil com a volatilidade do ATM maior que 30%. Na queda, temos um put spread Vanilla, que é uma proteção parcial relevante, mas o prejuízo potencial nesta direção é amenizado, embora teoricamente ilimitado.
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🔵 Quatro Pontas
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📽 Fence / Long CUO 51 min
A volatilidade alta, assim como os forward points (FWDPOITS), estão presentes no setor B. Neste cenário, otimizamos a fence Vanilla e também temos a CUO mais barata, dada a maior chance de bater na barreira. Portanto, seria interessante diminuir o strike da call vendida e adicionar um elemento extra ao produto introduzindo a CUO, gerando um ganho dobrado. Na queda, temos uma renda variável pelo put spread, na alta um ganho dobrado, e no limite, perdemos a alavancagem, mas temos um resultado interessante, pois no saldo, temos a fence Vanilla com suporte nas máximas, no limite do ganho potencial.
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📽 Fence Ratio / Long CUO 57 min
A volatilidade alta, assim como os forward points (FWDPOITS), estão presentes no setor B. Neste cenário, otimizamos a fence Vanilla, principalmente na venda da call, e, portanto, vamos aumentar a entrada de caixa dobrando o lote. Com o prêmio, podemos aumentar a proteção na queda e, ao mesmo tempo, afastar o strike da call. No entanto, isso gera uma região de prejuízo ilimitado na alta extrema. Neste cenário B, temos a CUO muito barata e, portanto, vamos usar parte do prêmio para obter um ganho dobrado entre o intervalo do preço à vista até o nível da barreira, que está alinhado com a call vendida. Assim, temos um ganho dobrado, mas, no limite, perdemos a alavancagem ao entrar na região onde o MTM do produto se torna decrescente. É uma aposta que o ativo suba, mas não de forma extrema.