(ES-001) Introdução a produtos estruturados
Neste curso básico, introduzimos o aluno ao conceito de estruturação, que consiste em fazer combinações lineares utilizando vetores que podem variar desde o ativo objeto, passando por caixa até derivativos originados de centenas de modelos, criando somatórias vetoriais aplicáveis em diversos cenários. Para simplificar e trazer a base do mercado financeiro brasileiro, vamos nos limitar aos derivativos de opções Vanilla (VAN) e derivativos de modelo barreira (BAR). Analisando essas combinações, podemos culminar em mais de 400 produtos que podem ser consumidos em diferentes cenários, dependendo da expectativa do investidor, sua sensibilidade ao binômio risco-retorno, e os dados de mercado que influenciam os vetores, tornando-os mais caros ou mais baratos.
No início do curso, focaremos na construção das classes de produtos estruturados sob a ótica de alocação de risco e expectativa. Vamos classificar mais de 400 produtos em categorias como renda fixa, renda variável mitigada, renda variável alavancada, apostas, hedge, COE, gamma e empréstimos. A combinação linear dos vetores de ativos e derivativos gerará produtos alocados em categorias específicas, facilitando para o investidor direcionar suas alocações e descartar produtos irrelevantes.
Existindo mais de 400 produtos, apenas alguns serão viáveis para um indivíduo com determinada classificação de risco e expectativa. Na primeira parte do curso, vamos demonstrar como atingir esse objetivo, eliminando mais de 90% da amostra existente e focando no que realmente interessa, entregando algo compatível com a expectativa.
Na segunda parte do curso, focaremos nos dados de mercado, compreendendo a formação do FWD point, que combina os polinômios de juros e carrego. Vamos cruzar esses dados com o polinômio de volatilidade, criando um eixo cartesiano de duas dimensões e classificando em quatro grupos distintos: FWD POINTS Baixo e Volatilidade Alta (grupo A), FWD POINTS Alto e Volatilidade Alta (grupo B), FWD POINTS Baixo e Volatilidade Baixa (grupo C), e FWD POINTS Alto e Volatilidade Baixa (grupo D).
Determinado os setores, vamos identificar qual vetor de derivativo VAN se destaca em cada setor e fazer o mesmo com os de barreira. Cada vetor terá destaque na compra e na venda em um setor específico e será neutro nos demais. O segredo para maximizar a relação risco-retorno é identificar o setor ideal para cada produto estruturado, destacando-se conforme as condições de mercado mudam.
Portanto, dependendo das condições de mercado, teremos um setor se destacando, com um cardápio de produtos disponível para ser ofertado no período. Saber trocar o produto estruturado conforme a estação muda é fundamental, e entender o motivo e processo é o princípio deste curso.
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2) Introdução a estruturação usando vetores Vanilla
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2.1) 📽 Introdução à Estruturação 40 min
Nesta aula vamos demonstrar o conceito básico de estruturação, onde vamos apresentar os quatro vetores básicos de derivativos e os três vetores que compõem o fluxo de caixa. Vamos inserir a combinação linear culminando nos primeiros produtos estruturados, focando especialmente naqueles que apresentam a maior vantagem comparativa para o mercado financeiro brasileiro.
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2.2) 📽 Grupo de Produtos 32 min
Nesta aula vamos pegar os produtos estruturados conhecidos e dividir em classes com características preestabelecidas de tal forma que seja possível prever o seu comportamento, finalidade e risco. As classes são: similares à renda fixa, renda variável amenizada, renda variável alavancada, aposta, COE, gama, hedge e empréstimo. Vamos discutir as classes de modo efetivo e como os produtos devem ser colocados nelas.
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2.3) 📽 Estruturação Avançada 22 min
Nesta aula vamos apresentar de forma simples como os vetores de dados de mercado compostos por juros, carregamento e volatilidade vão impactar na formação do preço de uma call e uma put, sendo este o fundamento básico que vai reger a criação e escolha dos produtos estruturados mais apropriados. Inicialmente, vamos juntar os juros com o carregamento para formar os forward points e analisar como se comporta sua formação e como o mercado pode aumentar ou diminuir seu valor. Entendendo a dinâmica, vamos olhar para uma call e analisar seu impacto e depois em uma put. No segundo estágio, vamos olhar a volatilidade, entender seus pontos extremos no mercado e analisar seu impacto no preço de uma call e uma put. Terminando os conceitos básicos, vamos juntar tudo e analisar um quadro mais abrangente em uma call e uma put, com ambos os fatores sendo alterados. Terminando o raciocínio e consolidando a técnica, vamos analisar quando alguns produtos estruturados tendem a se destacar e seu motivo, assim como seu comportamento no tempo.
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2.4) 📽 Revisão 20 min
Nesta aula, vamos revisar os pontos importantes abordados na aula da trilha com algumas animações, com o intuito de consolidar o aprendizado e destacar pontos relevantes para podermos continuar para a parte avançada.
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3) Introdução a estruturação usando vetores Barreira & Vanilla
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3.1) 📽 Introdução Produtos Barreira Setorial 47 min
Resumo A aula categoriza produtos estruturados em sete grupos, variando de baixo risco a opções alavancadas. Os produtos também são segmentados em setores, analisando o desempenho conforme condições de mercado, reduzindo 400 opções para um conjunto mais manejável, com base em análises fundamentalistas e técnicas. Objetivo Elaborar dois mapas combinados que orientem investidores de diferentes perfis e aversões ao risco. Gráfico Bidimensional (FWD POINTS X Volatilidade) Eixo X (FWD POINTS): Representa o carrego do ativo subjacente. Eixo Y (Volatilidade): Mede a frequência implícita do ativo. Setores do Gráfico Setor A: Alta volatilidade, baixos FWD POINTS. Setor B: Alta volatilidade, altos FWD POINTS. Setor C: Baixa volatilidade, baixos FWD POINTS. Setor D: Baixa volatilidade, altos FWD POINTS. Resumo das Classes de Produtos Similares à Renda Fixa: Capital protegido com possível retorno acima de 100% do CDI; títulos públicos sem risco de crédito. Renda Variável Amenizada: Risco moderado com proteção parcial, usada em ações, ETFs e commodities. Renda Variável Alavancada: Busca multiplicar ganhos com alavancagem, aceitando maior risco. Produtos de Aposta: Altos riscos e retornos, com uso de alavancagem e derivativos de barreira. Hedge: Estruturas simples para eliminar risco, como a compra de Put seca. Gamma: Estratégias focadas em volatilidade, usadas por Market Makers e investidores avançados. COE: Combina derivativos com capital protegido ou estratégias de maior risco. Conclusão Produtos estruturados com assimetria matemática favorável são mais eficientes. A adaptação às mudanças de mercado é fundamental, e investidores devem começar com renda fixa e gradualmente diversificar para produtos mais complexos conforme sua experiência cresce.
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3.2) 📽 Analista de Mercado e Fluxo de Informações 51 min
Objetivo Examinar o impacto da informação descentralizada nas redes sociais, o aumento de investidores individuais na bolsa e o papel das casas de pesquisa financeiras no mercado. Fenômeno Recente A digitalização permite a rápida disseminação de análises, criando efeitos de manada quando múltiplos analistas recomendam ativos com alto potencial. Impacto no Mercado Essas recomendações podem gerar movimentos expressivos nos preços dos ativos, ampliados pelo uso de derivativos para alavancagem ou proteção. Estratégia Desenvolver habilidades para identificar ativos e aplicar estratégias alinhadas ao perfil de risco, explorando abordagens defensivas, moderadas e agressivas.
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3.3) 📽 FWD Points Construção e Análise 18 min
Objetivo Entender o papel dos FWD POINTS na formação de produtos estruturados e sua relação com o eixo X. Definição Os FWD POINTS são calculados a partir da diferença entre o preço futuro e o preço à vista de um ativo, considerando taxas de juros e de carrego. Impacto nos Derivativos Call (Compra): FWD POINTS altos tornam as Calls mais caras. Put (Venda): FWD POINTS baixos aumentam o custo das Puts. Simulações e Volatilidade Simulações de Monte Carlo: FWD POINTS altos deslocam a distribuição de preços para a direita; valores baixos, para a esquerda. Alta Volatilidade: Amplifica os efeitos dos FWD POINTS. Baixa Volatilidade: Reduz o impacto nos preços. Conclusão FWD POINTS são essenciais para precificação de derivativos, influenciando diretamente custos e estratégias de investimento ao considerar volatilidade e expectativas de mercado.
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3.4) 📽 Volatilidade Implícita 54 min
Definição A volatilidade implícita reflete as expectativas de mercado sobre as flutuações futuras de um ativo, sendo essencial para a precificação de derivativos. Aspectos Principais Base Anualizada (252 dias): Fornece uma visão padronizada da volatilidade diária dos ativos. Histograma em Percentil: Mede se a volatilidade está alta ou baixa comparada aos valores históricos. Exemplos Práticos MGLU3: Alta volatilidade implícita indica maior incerteza devido a possíveis movimentos bruscos. PETR4: Venda de volatilidade reduz a implícita em relação à realizada, criando oportunidades para mesas de estruturação. Impactos no Mercado Market Makers: Compras sofrem com custos de theta não cobertos por ganhos de gamma; vendas podem lucrar com o carregamento do theta. Análise Estratégica: Avaliar prêmios de mercado ajuda a identificar oportunidades de investimento. Conclusão Selecionar o período de análise adequado é crucial para interpretar expectativas de mercado e fundamentar estratégias de investimento baseadas na volatilidade.
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3.5) 📽 Volatilidade Implícita (Eixo Y) x FWD Points (Eixo X) 36 min
Resumo: Volatilidade Implícita (Eixo Y) x FWD Points (Eixo X) Nesta aula, exploramos a interação entre volatilidade implícita e FWD Points no mercado de derivativos, essenciais para a precificação de opções de compra (Call) e venda (Put). Aqui está um resumo simplificado dos quatro setores identificados: Setor A (Alta Volatilidade, FWD Points Baixos): Estratégia: Vender opções de venda (VAN), comprar opções de compra com strike superior (PDO), vender opções de compra com strike inferior (PDI). Razão: Aproveita a volatilidade alta para vender opções de venda mais caras e comprar opções de compra a preços menores. Setor B (Alta Volatilidade, FWD Points Altos): Estratégia: Vender opções de compra (VAN), comprar opções de venda com strike superior (CUO), vender opções de compra com strike inferior (CUI). Razão: Tira proveito tanto da alta volatilidade quanto dos altos FWD Points para vender opções de compra caras e comprar opções de venda mais baratas. Setor C (Baixa Volatilidade, FWD Points Baixos): Estratégia: Comprar opções de compra (VAN), comprar opções de compra com strike inferior (CUI), vender opções de compra com strike superior (CUO). Razão: Em um ambiente de baixa volatilidade e FWD Points baixos, beneficia-se comprando opções de compra e aproveitando oportunidades de mercado. Setor D (Baixa Volatilidade, FWD Points Altos): Estratégia: Comprar opções de venda (VAN), comprar opções de venda com strike superior (PDI), vender opções de compra com strike superior (PDI). Razão: Aproveita a baixa volatilidade e os altos FWD Points para comprar opções de venda mais baratas e vender opções de compra caras. Estas estratégias ajudam os investidores a adaptar suas posições de acordo com as condições de mercado, maximizando assim suas operações no mercado de derivativos.
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3.6) 📽 Modelo Correto de Estruturar um Produto 41 min
Para estruturar corretamente um produto financeiro, é crucial integrar os conceitos de análise técnica e fundamentalista. Aqui está um resumo simplificado dos passos envolvidos: Análise Inicial: Utilize análise técnica e fundamentalista para prever a direção e magnitude dos movimentos de preço da ação. FWD Points e Volatilidade Implícita: Avalie os FWD Points (eixo x) e a volatilidade implícita (eixo y) do ativo para identificar sua classe de ativos e escolher o vetor mais apropriado. Seleção de Vetores: Identifique um vetor dominante, que pode envolver compra de Call, venda de Call, compra de Put ou venda de Put, com base nos resultados da análise. Estruturação do Produto: Combine diversos produtos estruturados, como renda fixa, renda variável segura e arriscada, opções especulativas, COEs, operações de hedge e empréstimos, para cada categoria de investimento. Decisão Final: Ofereça opções alinhadas com o cenário previsto pelo analista, respeitando a visão de mercado dele enquanto estrutura o produto ideal para cada categoria de investimento. Este processo visa maximizar as oportunidades de mercado e adaptar-se às condições econômicas e de mercado atuais, proporcionando ao investidor as melhores opções para seus objetivos financeiros.